PRB cobra recuo de Russomanno sobre tarifa proporcional
A cúpula do PRB pressiona seu candidato a prefeito, Celso Russomanno, a desistir da promessa de mudar o valor do Bilhete Único paulistano e cobrar tarifas proporcionais ao trajeto percorrido.
Veja a cobertura ao vivo das eleições 2012
Acompanhe em tempo real as eleições
Saiba como e onde votar nas eleições
Imprima a sua cola para a votação
O partido considera que a proposta foi um erro e quer convencer o ex-deputado a anunciar um recuo amanhã, em entrevista coletiva, caso ele vá ao segundo turno.
A ideia é encontrar um discurso para justificar um recuo. Uma hipótese é alegar que novos estudos técnicos teriam desaconselhado a mudança no sistema de tarifas.
Integrantes do comando da campanha pretendiam debater o tema com Russomanno ontem à noite, a poucas horas da abertura das urnas.
Para a direção do PRB, a proposta de fracionar a tarifa era bem intencionada, mas foi mal compreendida pela população, abriu uma brecha para ataques ao candidato e explica a forte queda de Russomanno nas pesquisas nas últimas duas semanas.
O candidato se tornou alvo de uma onda de ataques iniciada por Fernando Haddad, do PT, que o acusou de desvirtuar o Bilhete Único e propor que os paulistanos mais pobres, que vivem longe do centro, paguem tarifas mais caras que os demais.
O discurso embasou uma ofensiva para questionar o preparo de Russomanno e "desconstruir" sua imagem em anúncios na TV.
O candidato do PRB contestou as críticas, insistiu na ideia e acusou Haddad de mentir ao dizer que ele aumentaria o valor da tarifa.
Ele prometeu manter o teto do bilhete em R$ 3, com "desconto" para quem percorrer trajetos mais curtos, à base de subsídios.
Russomanno demonstrou irritação e, nos últimos dias, levou ao ar um comercial em tom agressivo, no qual deu um murro na mesa e chamou Haddad de mentiroso.
"Basta! Haddad é mentiroso quando diz que eu vou aumentar a tarifa. Vou reduzir a passagem dos ônibus", disse o candidato.
Para a direção do PRB, a explicação não o surtiu efeito desejado e o PT conseguiu emplacar a ideia de que seu adversário seria contrário ao Bilhete Único.
O coordenador da campanha de Haddad, Antonio Donato, diz que a polêmica foi uma arma eficaz para reduzir as intenções de voto no rival.
"O Russomanno não parava de subir e de repente despencou. Foi como se a gente tivesse achado uma agulha para furar o balão dele."
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade